#navbar-iframe { height:0px; visibility:hidden; display:none; }

14 fevereiro 2011

ODE A UM AMOR SONHADO

   A noite chega certa, serena,
indiferente de mim!
Na tua ausência, feita de pena,
Aceito a angústia, mesmo assim...

Noite longa, noite fria,
Traz-me à tela da memória,
Ilusões de alegria,
Sonhos d'amor, inda sem estória. 

Fecho os olhos p'ra te ver,
Desenho-te ao meu lado.
Imagino, quero crer,
És agora o meu fado!

Adentro a noite calma,
Mil prazeres imagino;
Sussurros, espasmos d'alma,
Desmaios, perco o tino!  

Abraços e mais afagos,
E desejos  muito ardentes.
Corpos nus, enlaçados,
Saboreiam lábios quentes... 

E em sonhos desvaneço,
Soltando frémitos loucos.
Entrego-me, perco-me, esqueço-me,
Vou morrendo, pouco a pouco...  

Abandono-me no degredo,
Morrendo mil vezes em ti.
Meu amor, não tenho medo,
Nem da morte, nem de mim. 

Este amor vive d' incúria, 
E d' intrépida certeza 
 Vive d' ânsias de luxúria,
E desejos de pureza...

Entre as estrelas e o luar,
Alva luz que tudo inunda,
O importante é amar,
Resta-me a noite profunda.

Vem oh noite, acalma a dor!
Segreda-me enquanto dormem;
Traz-me novas do meu amor,
Queira Deus que não me acordem...

Mena

8 comentários:

  1. Em tempos atrás, viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre

    quatro e cinco anos de idade.
    O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura.
    O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva. Já a Loucura era
    muito emotiva, passional e impulsiva, entretanto, apesar de todas as
    diferenças,
    as crianças cresciam juntas, inseparáveis: brincando, zangando...
    Houve um dia, porém, em que o Amor não estava muito bem, e acabou cedendo às
    provocações de Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia. Ela não
    deixava falar; estava furiosa como nunca com o Amor, e começou a
    agredi-lo, não só verbalmente, como de costume.
    A menina estava tão descontrolada que agrediu o amor fisicamente e, antes
    que pudesse perceber, arrancou os olhos do Amor.
    O Amor, sem saber o que fazer, chorando,ficou imóvel a pensar no que estava acontecer,
    Inconsolada, Afrodite implorou a Deus que ajudasse seu filho e que
    tivesse um castigo a Loucura.
    Deus, por sua vez, ordenou que chamassem a garota para uma séria conversa.
    Ao ser interrogada, a menina respondeu, como se estivesse com
    a razão, que o Amor havia lhe aborrecido e que foi merecido tudo o que
    aconteceu.
    Embora soubesse que não fora justa com seu amigo,
    a menina - que nunca soube se desculpar - concluiu dizendo : que a culpa
    havia sido do Amor, e que não estava nem um pouco arrependida.
    Deus, perplexo com a aparente frieza daquela criança,
    disse que nada poderia fazer para devolver a visão ao Amor,
    mas ordenou que Loucura estaria condenada a guiá-lo por toda a eternidade,
    estando sempre junto ao Amor em cada passo que este desse.
    E até hoje eles caminham juntos.
    Onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa
    só essência, tão unidos que por vezes não se consegue definir onde termina o
    Amor e onde começa a Loucura.
    É também por isso que se costuma dizer que o Amor é cego.
    A verdade é que o Amor tem os olhos da Loucura.
    Isto é o verdadeiro amor...
    Obrigado Filomena,adorei o blog,quando um amor é verdadeiro,é das melhores coisas que podemos ter...
    Falta agora uma musica de fundo romântica,para quando o leitor entrar,ao ler as lindas palavras,ouve uma musica calma...
    Se quiser,fale comigo,que arranjo imensas para tocar aqui...Beijinhos,Obrigado por partilhar este lindíssimo,e bem conseguido blog...
    O sonho comanda a vida

    ResponderEliminar
  2. Paulo, bem-vindo a este espaço de sonhadores...
    A história que, presumo ser uma lenda, é muito bonita. A este nível emocional, acredito que sim, sempre estão acompanhados, temperando-se um ao outro!! Amor/loucura.. resume bem este poema.
    Obrigada pelo carinho. Volte sempre.
    Um grande abraço, :))

    Mena

    ResponderEliminar
  3. As vezs venho aqui neste teu canto e fico quietinho.. só sentindo esta presença poética bela!
    Beju amiga!

    ResponderEliminar
  4. William querido,

    Estou tão sensibilizada que não tenho palavras.. bem sabes, só tenho sonhos!! ;))

    Em tua homenagem e a este teu desabafo tão generoso, vou oferecer-te um cantinho para vires e usares sempre que te apeteça..

    Um abraço pleno da mais terna e doce amizade <3

    Filomena

    ResponderEliminar
  5. Adorei este teu poema, querida Filomena. Foi para mim uma surpresa, como já te disse.
    Esse conflito entre a luxúria e a pureza deu cabo de mim, literalmente :-)
    Por favor, continua a compor e não te escondas, que qualquer pessoa com a mínima sensibilidade e bom gosto vai deleitar-se com preciosidades destas.
    Um beijinho grande e muita força,
    Alice

    ResponderEliminar
  6. Alice, minha querida amiga do <3

    Talvez não saibas quão importante, para mim, é a tua opinião..

    Sim, escrevo numa tentativa de harmonizar os conflitos.. criar pontes de união entre o aparente oposto..

    Hoje são 2 blogs, amanhã, talvez encontre um para a síntese :))

    Abraço-te com o carinho do costume e obrigada por estares sempre presente.

    Filomena

    ResponderEliminar
  7. Lindo Filomena ... Vou voltar para ver os outros.... são cinematográficos.... :)

    São lindos .... contam histórias de nossos sonhos sonhados vívidos e vividos de alguma forma...
    Vou voltar aqui para sonhar e quem sabe recordar ...

    Beijão

    ResponderEliminar
  8. Raquel,

    Minha querida irmã de alma...
    obrigada por vires aqui deixar o teu amor

    Devolvo-to num abraço <3

    Filomena

    ResponderEliminar