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05 abril 2012

Poema Onírico...

Do corpo para a alma,
da alma para o corpo,
num fio de relance,
num átimo, num sopro...

Entre o tudo e o nada
que existe sem existência,
atravesso a vida
levo comigo a experiência...

Nada se cria,
mas tudo se transforma.
Matéria é energia
energia não é só forma...

Do denso ao subtil,
jaz a minha evolução.
No seu oposto,
sub_jaz a ilusão...

Mena
*

15 fevereiro 2012

Amor Num Sonho

Eu amo o amor

Só a ideia de amar, eu amo...
E nunca estou só,
nunca entristeço ao ponto da insanidade,
porque mesmo nos piores momentos,

sou o amor por detrás dos acontecimentos
sou o amor a observar-me,

Como num sonho...

Mena
*

05 março 2011

INTERROGAÇÃO

?

Surgiste no meu destino,
que eu julgava adivinhado.
Quantas vezes nos cruzamos,
sem nos termos encontrado?

Mena

28 fevereiro 2011

A CARTA

Leventei-me cedo.

Pensei ir até ao parque... correr... ou fazer o dia correr...
fugir... mas o frio tolheu-me e venceu !

Saí só p'ra beber um café e deparei com tudo fechado.
As ruas desertas...

Sentei-me no jardim, naquele banco, (lembras-te?)
e acendi 1 cigarro que fumei distraída...
mergulhada nas memórias e nos devaneios.
O cigarro fumou-me!!

Contemplei árvores, arbustos em flôr, ervas frescas... orvalhadas...
e o sol da manhã,
timidamente morno... meigo, acariciou-me o rosto e eu sonhei com as tuas mãos.

Fechei os olhos e encontrei-te... senti-te mais um pouco e adiei a partida.

Gozei e regozei na recordação daqueles momentos fugazes em que te tive
e te amei...

... apesar da saudade, não sofro!!

...aprendi a aceitar o que a vida me oferece... 
estou-lhe grata.
Afinal, respondeu ao meu apelo: pedi-lhe amor e pôs-te no meu caminho...
burilando os destinos... 
Eu sei que mereço. É contigo que quero estar!
Conciliar a parca disponibilidade... tornando mais intenso cada momento de partilha.. 

...Olhei o céu sem nuvens de um azul suave que me apaziguou... meditei...
envolvi-te num abraço e retirei-me.
  
Só então reparei que o corpo estava gelado... mas a alma não!!

Continuei dia fora embrenhada na rotina costumeira sem perceber a saudade...
que volveu agora, na minha cama sentada, aconchegada, de livro no colo e estas folhas sobre ele!

A cadela  ao meu lado ronrona como uma gata cada vez que lhe passo a mão...
os seus olhos falam... quer mostrar-me quão grata está desde o dia em que a tirei do abandono p'las ruas. 

Pudesse eu ser maior!!   Limparia o mundo das misérias !

Por isso não vejo noticiários, não leio jornais, tampouco compro revistas das que vivem do desamor!  
O mundo é grande e é pequeno... e bastam-me as novidades que me chegam... quer eu queira ou não!

Estou cansada!...

Despeço-me, por hoje, com o desejo profundo de que a noite me brinde de sonhos contigo.

Ver-te-ei amanhã ??

Quem sabe... talvez me surpreenda!

Que os deuses estejam contigo derramando bênçãos no teu caminho...

Beijos e saudades. 

Tua,
Mena

14 fevereiro 2011

ODE A UM AMOR SONHADO

   A noite chega certa, serena,
indiferente de mim!
Na tua ausência, feita de pena,
Aceito a angústia, mesmo assim...

Noite longa, noite fria,
Traz-me à tela da memória,
Ilusões de alegria,
Sonhos d'amor, inda sem estória. 

Fecho os olhos p'ra te ver,
Desenho-te ao meu lado.
Imagino, quero crer,
És agora o meu fado!

Adentro a noite calma,
Mil prazeres imagino;
Sussurros, espasmos d'alma,
Desmaios, perco o tino!  

Abraços e mais afagos,
E desejos  muito ardentes.
Corpos nus, enlaçados,
Saboreiam lábios quentes... 

E em sonhos desvaneço,
Soltando frémitos loucos.
Entrego-me, perco-me, esqueço-me,
Vou morrendo, pouco a pouco...  

Abandono-me no degredo,
Morrendo mil vezes em ti.
Meu amor, não tenho medo,
Nem da morte, nem de mim. 

Este amor vive d' incúria, 
E d' intrépida certeza 
 Vive d' ânsias de luxúria,
E desejos de pureza...

Entre as estrelas e o luar,
Alva luz que tudo inunda,
O importante é amar,
Resta-me a noite profunda.

Vem oh noite, acalma a dor!
Segreda-me enquanto dormem;
Traz-me novas do meu amor,
Queira Deus que não me acordem...

Mena